Nos dias 4 e 5 de outubro, o Centro de Eventos São Luís, em São Paulo, recebeu a Horror Expo 2025, feira internacional dedicada ao gênero horror em todas as suas formas, cinema, TV, literatura, games, música e cultura pop. Já consolidada no calendário geek/horror brasileiro, a edição deste ano trouxe uma série de acertos importantes, mas também alguns problemas que merecem destaque.
A primeira mudança positiva foi a localização. O novo espaço na Consolação se mostrou muito mais acessível e democrático em comparação aos anos anteriores, permitindo que um público ainda maior pudesse participar das atrações. Em contrapartida, esse mesmo sucesso trouxe um problema: o evento estava visivelmente mais cheio, e os corredores estreitos entre os estandes prejudicaram a circulação, criando momentos de desconforto.
O principal impacto, porém, foi sentido na Artist Alley, área que deveria valorizar e dar visibilidade aos artistas independentes, mas que acabou sendo atrapalhada pelas filas de ativações próximas. Muitos artistas relataram dificuldade em expor e comercializar suas obras. Uma solução simples, como a distribuição de senhas para controlar a demanda dessas ativações, teria melhorado consideravelmente a experiência.
No entanto, quando o assunto é conteúdo, a Horror Expo 2025 deu um verdadeiro salto de qualidade. Os painéis foram mais diversos e abrangentes, reunindo autores, diretores, atores e produtores de conteúdo ligados ao universo do terror, criando um mosaico de visões e debates muito mais rico que nas edições anteriores. Essa ampliação da representatividade dentro do evento reforça a ideia de que o terror é um gênero múltiplo e que há espaço para todos os tipos de vozes.
As atrações internacionais também se destacaram. Entre elas, o ator Osric Chau, conhecido por seus papéis em Supernatural e Arrow, brilhou pela simpatia e disponibilidade com os fãs, mostrando o quanto o contato direto com nomes reconhecidos do gênero pode elevar o prestígio e o carisma do evento.
Em termos gerais, houve uma clara evolução da Horror Expo em 2025. Apesar dos problemas de organização no fluxo do público, a feira se mostrou cada vez mais consistente em sua proposta, não apenas um evento para fãs, mas uma verdadeira celebração ao gênero do terror. Se seguir nesse caminho, ajustando as falhas estruturais, a Horror Expo tem tudo para se firmar como referência internacional no calendário de festivais de horror.