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BGS 2025

O maior evento de games do Brasil trocou de casa este ano. A BGS pulou do Expo Center Norte para o Anhembi, num local quase vizinho ao que o público já estava acostumado. O evento ocorre de 09 a 12 de outubro.

Se a mudança de endereço previa dar um ar novo ao evento que parecia cansado, ainda faltou mana para torná-lo tão memorável quanto ele um dia foi. Ainda sentindo muito o peso da ausência de Microsoft e Sony, faltaram estandes consagrados. Sem concorrência, a Nintendo abocanhou boa parte do salão, e o gigantesco estande vermelho podia ser visto de praticamente qualquer corredor.

A Samsung também se espalhou. A gigante coreana quer a todo custo promover seus celulares como consoles de game, e o tamanho do seu estande na BGS deste ano prova que eles estão realmente tentando entrar fortemente no mercado.

Path of Exile, Sega, e Pokemon também apareceram. A Revolver, uma das distribuidoras de games que mais me agrada ultimamente, apareceu com um estande pequeno demais, nove computadores com quatro jogos diferentes e só.

Os e-sports dominaram. A chance dos fãs poderem ver os ídolos da Liquid, com telões exibindo partidas a todo momento. Os corredores em frente a esses telões tinham sempre seu público, mas pareciam largos o suficiente para não provocar as aglomerações que tanto reclamamos em edições anteriores. O Anhembi acomodou perfeitamente o evento, dando espaço sem que ele parecesse pequeno para o local. A crítica em relação à estrutura acaba caindo em cima da rede wifi: a imprensa mal conseguia trabalhar, com uma conexão tão ruim que fui obrigado a desligar meus torrents para poder trabalhar.

A BGS ainda honra o tamanho e o nome que tem, mas os sinais de exaustão que ela vem apresentando há algumas edições ainda persistem. A ausência de grandes nomes ainda é um problema. Mas isso ainda poderia ser consertado se o evento decidisse seguir o caminho oposto: aproveitar o crescimento dos jogos indies para trazê-los ao evento. A seção de jogos indie atualmente é minúscula, renegada a um canto do salão, sem muitos estúdios famosos por seus indies.

Isso eu sou a favor: menos Path of Exile. Mais Megabonk.