Ao receber o convite do canal Adrenalina Pura para assistir “A Única Sobrevivente” (do original russo Одна), eu aceitei por um único motivo: o pôster.
Não sou particularmente fã de cinema russo, e esta talvez seja o pior momento do planeta para consumir qualquer coisa que venha da Rússia. Mas que pôster lindo.
Um pôster lindo, para um filme razoável. A cena do acidente de avião também é bem feita, apesar de ser certamente uma mentirada do cacete.
O que diz muito sobre a publicidade do filme, que divulga a quem quiser ouvir que a história de “A Única Sobrevivente” é baseada em fatos reais. A verdade é que não é possível acreditar em nada do que os russos alegam ser dizer uma história real. Não dá para confiar nos russos.
E, se não dá para confiar neles, toda a história rui. Ao ser impossível simpatizar com russos, a nossa torcida fica para os elementos da floresta: um urso, um rio congelado, um tigre… qualquer coisa que acabe o sofrimento daquele que tem que encarar um filme russo.
Em uma época onde sanções contra a Rússia vêm de todos os lados, eu só consigo me sentir mal por estar burlando essas medidas. O filme nem é horroroso, mas como fica a consciência depois de consumir produto soviético?