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Uma Família ꟻeliz

Nada mais aterrorizante do que cuidar de crianças.

Estréia dia 04 de abril o novo filme do roteirista Raphael Montes, conhecido pela série de sucesso “Bom dia, Verônica”. Tal qual a série, o longa tenta trazer um thriller sobre uma família aparentemente feliz, o título não tá mentindo é isso que o filme quer passar inicialmente.

Mas no Brasil de hoje em dia, quem diz que tá feliz, felizão, mil maravilhas tá mentindo. Tal qual influencers de Instagram, esta é uma família que também vive de aparências.

Na coletiva de imprensa, o diretor José Eduardo Belmonte destacou como ele gostaria que o filme fosse focado nessa “vida de aparências”, que a família protagonista finge não só para seu exterior, mas dentro da própria casa, escondendo sentimentos e ignorando coisas que precisam ser ditas.

Em temas atuais o filme não falha: um dos maiores dilemas que ele expõe de forma crua é a tal exaustão da maternidade, tema amplamente exposto pela Fernanda (melhor coisa do BBB 24) em uma interpretação de Grazi Massafera (melhor coisa do BBB 05). Um tema tão amplo que vazou pela telinha da Globo, gerou críticas da Xuxa e, por conseqüência, críticas de Luana Piovanni, que foi em defesa da Fernanda (e provavelmente também iria em defesa de Eva, a mãe do filme).

Eu, por meu lado, vou em defesa de Luana Piovanni (e eu nunca imaginaria dizer isso uns anos atrás). Assim, o filme tem sucesso em me aterrorizar porque a idéia da maternidade/paternidade é realmente aterrorizante. Tem crianças demais no filme e não tem nada mais aterrorizante do que a idéia de ter que cuidar de crianças.

Autor:
Barão do Principado de Sealand. Com uma inexplicável paixão por cinema, cervejas e queijos.