SALADA CAPRESE todo tomate merece respeito

Morra, Amor

Um desavisado que se baseie no trailer e no título de Morra, Amor acreditaria que o filme se trata de um suspense. O filme, baseado no livro homônimo da autora argentina Ariana Harwicz, é mais um dramalhão-barra-romancezinho que parece ter sido cuidadosamente adaptador para deixar os atores protagonistas brilharem.

E, nisso, eles mandam bem mesmo. Tanto nossa queridinha Jennifer Lawrence, como nosso queridão Robert Pattinson brilham em cena. Lawrence, é claro, tem a maior parte do trabalho, mas também colhe a maior parte dos louros. Sua personagem é cheia de transtornos mentais brabos, bem abublé das idéias. Depressão, maníaco-depressiva, lelé da cuca, além de mãe recente. A atriz, já acostumada a interpretar maluquinha, manda bem no papel, e não perde nenhuma oportunidade de tirar a roupa quando pode.

Pattinson, grande carisma, levemente odioso, se perde naquele gráfico do How I Met Your Mother, vendo a mulher ir pra lá e pra cá no limiar do eixo maluca-gostosa. Totalmente compreensível, eu também me perderia.

Não, Jennyyyy! Volta!

A reflexão que fica é que parece que o filme existe puramente para seus protagonistas brilharem. Não que ele seja ruim, longe disso, mas todas as escolhas, seja de roteiro, direção, ou edição, soam como “esse casalzinho hollywoodiano vai mandar bem atuando nisso daqui”.

Por mim, tudo bem. Eu gosto de ambos e realmente foi uma delicinha vê-los atuando. Mesmo com o roteiro previsível e algumas decisões artísticas meio estranhas.

Ainda valeu a pena.

Autor:
Barão do Principado de Sealand. Com uma inexplicável paixão por cinema, cervejas e queijos.